terça-feira, 16 de outubro de 2012

POR QUÊ O GOVERNO IMPERIAL FOI ATRÁS DOS COLONOS ALEMÃES? 

A filha de Francisco II, último Imperador do Sacro Império Romano de Nação Alemã, também conhecido como Francisco I, primeiro Imperador da Áustria, da Casa dos Habsburgos, era nada
 mais nada menos do que a Imperatriz Leopoldina, casada com o nosso Imperador Pedro I. Muito amada pelo povo brasileiro, que consideravam-na uma “mãe”, ela era, então, uma princesa germânica, certamente tendo apoiado a imigração de seu povo.

No primeiro quarto do século XIX, o Brasil precisava defender suas fronteiras ao sul do País de constantes invasões. Naquela época, os açorianos, então “donos” do Rio Grande, eram, também, os “eternos vigilantes”. Afirmava-se que "dormiam com um olho só; o outro estava sempre aberto para ver o inimigo chegar".

Era preciso então colonizar o sul. Mas onde buscar os colonizadores?

Não podíamos pensar nos portugueses, de quem acabáramos de nos emancipar. Muito menos nos espanhóis, por serem os inimigos naquela região. Quanto aos franceses, já haviam invadido o Rio de Janeiro, fundando a “França Antártica”, o mesmo tendo ocorrido com os ingleses, que igualmente haviam tentado instalar-se no Brasil. Finalmente, os holandeses permaneceram longos 24 anos no Nordeste. Assim, dos povos europeus que nos interessava a colonização, restou a Alemanha, e certamento pesou a escolha o fato de ser a alemã a mesma nacionalidade da Princesa Leopoldina.

"A Prússia, que depois integraria a Alemanha, tinha um exército reconhecido e admirado por D. Pedro I, cujas tendências militaristas eram conhecidas. O Brasil precisava de soldados, já que os portugueses, com a Independência, haviam voltado para Portugal. Quem defenderia o Brasil? D. Pedro I interessou-se por mercenários alemães e, provavelmente, para não ser notado esse “movimento militarista”, passou a contratar também colonos que ocupariam as terras sulinas".

A experiência foi imitada em Petrópolis a partir de 1843, mas foram outros tipos de colonos que para lá foram. Nada de soldados, mas sim artífices e operários.

(com base em texto do prof. Telmo Lauro Muller, diretor do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo -http://www2.brasilalemanha.com.br/1824_antes.htm)

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