quarta-feira, 14 de novembro de 2012


PETRÓPOLIS EM 1854 - A PRIMEIRA ESTRADA DE FERRO DO BRASIL LIGOU O PORTO DE MAUÁ À RAIZ DA SERRA (DA ESTRELA)


                                                       Inauguração da Estrada de Ferro Mauá


 Trecho inicial (Porto de Mauá - Raiz da Serra)


 Largo da Prainha (Praça XV)
Idem 

Barca a vapor que fazia a travessia até a Estação de Pacobaíba (Porto de Mauá)


Interior da barca


Estação de Pacobaíba 


                                                     
                      Idem

Idem


Estação da Estrada de Ferro Leopoldina


Idem


Subida do trem

Cremalheira



Idem


Vagão





O primeiro caminho de ferro inaugurado na América do Sul foi em Petrópolis, pela Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis, mais conhecida como E.F.Mauá. Iniciadas as obras em 29 de agosto de 1852, pelo grande empresário e empreendedor Barão de Mauá, em 30 de abril de 1854 foi inaugurado o primeiro trecho até Fragoso, na extensão de 14,5km.

O início da viagem era no Largo da Prainha (hoje Praça Mauá, no Rio de Janeiro), que era um braço de mar entre o Arsenal de Marinha e os trapiches. Ali existia um estrado flutuante da E.F.Mauá, denominado Trapiche Mauá, onde “atracavam as barcas que faziam o percurso até o Porto de Mauá, situado nos fundos da baía, no Município de Magé”, segundo Charles Dunlop.

Do Porto de Mauá, após uma viagem de aproximadamente uma hora, os passageiros embarcavam para o trem com destino até a Raiz da Serra, passando por Inhomirim e Fragoso. Então, seguia-se, em diligências ou a cavalo, até Petrópolis.

Em 16 de dezembro de 1856, inaugurou-se o trecho restante da linha até a Raiz da Serra, com mais 16,190 km de extensão, no local próximo à Fábrica de Pólvora da Estrela.

O prolongamento da via férrea somente veio a ocorrer a partir de 31 de agosto de 1872, quando o Barão de Mauá contratou com a Província o prolongamento do caminho de ferro, pelo sistema de cremalheira central. Caducada a concessão por motivos financeiros, em 18 de maio de 1883 a Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará adquiriu o ativo e passivo da Companhia de Navegação. Em 1º de agosto de 1879, a obra teve início, assentando-s os últimos trilhos em 18 de fevereiro de 1883. No dia imediatamente seguinte, houve a inauguração, chegando a Petrópolis o trem conduzindo Dom Pedro II e a Família Imperial

Em 1898, a empresa foi incorporada à The Leopoldina Railway Company Limited, homenagem à cidade mineira de Leopoldina e não à Duquesa de Saxe, filha de D. Pedro II, sofrendo diversas transformações que culminaram com a extinção do transporte das Barcas de Petrópolis, e demolição do velho Trapiche Mauá, dando origem às obras no Cais do Porte e ampliação da atual Praça Mauá.

No final do século XIX, o trem fazia sete viagens de ida e volta no verão e, no inverno, seis, de Petrópolis ao Porto de Mauá. No verão, nos dias úteis, saía de Mauá, às 6 horas da manhã, sendo o último horário o de 20h, demorando o trajeto 1h50min. Por sua vez, o primeiro horário a sair de Petrópolis era de 6h10min, sendo o último o de 19h20min. 




domingo, 11 de novembro de 2012


OS PRIMEIROS COLONOS ALEMÃES VIERAM PARA PETRÓPOLIS EM 1822




                                                               As naus em que viajaram os colonos alemães em 1837











Data do ano de 1822 a primeira leva de colonos alemães que foram trabalhar em Petrópolis, na Fazenda da Mandioca. 40 famílias foram contratadas pelo médico alemão GEORG HEINRICH VON LANGSDORFF (1774-1852), e foram os primeiros colonos “braços livres” a trabalhar numa fazenda. Entre eles podem ser citados MICHAEL ZANGER, ANTON STRAMB, MARTIN KOCH, CATHARINJA FRANZ, CARL AUTENRIETH e WILHELM MÜLLER.

Alcindo Sodré ensina que a Fazenda da Mandioca existiu no primeiro quarto do século XIX, na Raiz da Serra. Seu organizador e primeiro proprietário foi um estrangeiro ilustre que realizou estudos científicos cortando em caravana os sertões do Brasil. O barão Jorge Henrique de Langsdorff, era médico formado pela Universidade de Goetingue, na Alemanha, e acatado entomologista, constando ter nascido no Grão Ducado de Baden. Como médico do príncipe Waldeck, seguiu-o a Portugal, quando este foi comandar o exército português, ali introduzindo a prática da vacinação. 

Em 13.11.1837, aportou no Rio a nau francesa JUSTINE, procedente do Havre , com 238 passageiros germânicos com destino à Austrália. Apenas 3 não desistiram da viagem. Os demais foram contratados para obras no Porto da Estrela.

Satisfeitos com o núcleo de trabalhadores germânicos então formado em 1843, para a construção da estrada do Porto da Estrela até a Fazenda do Córrego Seco, surgiram idéias "para ampliar o número de colonos livres na Província, pois atenderiam melhor as obras públicas e também para aumento da população".

Assim, entre junho e dezembro de 1845, 13 naus zarparam do porto de Dunquerque, no nordeste da  França, às ordens de Charles Delrue e Cia. de DUNQUERQUE, Charles, Vice-Consul do Brasil nesta cidade francesa, conduzindo colonos germânicos que se destinavam à futura cidade de Petrópolis.


O contrato eram de 600 casais. Porém, mal interpretado pelo Vice-Consul, foram enviadas quase 600 famílias, ultrapassando a casa de 2300 alemães, entre casais com e sem filhos, solteiros e outros que vieram acompanhados até pelos avós.


A grande viagem, que se iniciou pelo Porto de Bremen, na Alemanha, teve como escala uma demorada passagem pelo Porto de DUNQUERQUE.


RELAÇÃO DOS 361 NOMES DAS 456 FAMÍLIAS EMBARCADAS:


Obs.* Famílias com levantamentos genealógicos.


Adams*, Alfeld*, Andreas*, Arweiler*, Auler*, Bach, Balter, Barten*, Bauer, Bauermann, Baumgatner, Bechtlufft, Beck, Becker, Behrens, Benchel, Bender, Berlandi, Berr, Beuren, Biehl, Blaeser, Blaesius, Blankenberger, Blatt, Blatten, Blum, Boelling, Boller, Bonacker*, Borchtelmann, Borrê, Brahm*, Brand, Braun, Breuer, Brunner*, Buehler, Buhl, Bumb*, Burger, Capalo*, Castor*, Christ, Dahlen*, Debald*, Deister*, Delvo, Dengler, Deroche, Deubert, Diehl, Dietrich, Dietz, Doerscheid, Dohm, Dorr*, Dupont, Dupré, Ebeling*, Eberhardt, Ebertz, Echternacht, Eckardt, Eiffler*, Einsfeld, Elbert, Emmel, Engelmann, Eppeisheimer, Eppinghaus, Erbes*, Esch, Espenschied*, Essinger, Ev, Exel*, Faber, Faulhaber*, Fecher, Feldmann, Finkennauer, Firmes, Fischer, Flaeschen, Flesch, Fliess, Forster, Franz*, Friedrichs, Gabelmann, Gabrich, Gall, Gehren, Geoffroy, Georg, Gerhard, Gietz, Gimpel, Glassow*, Goehl, Goeller, Goettnauer*, Goetz, Gorges, Graeff, Gregorius, Groess, Grotz, Gudehus, Guenster, Guntermann*, Gutmann, Hamm, Hammes*, Hang, Hansen, Happe*, Harres*, Hart, Hartmann, Haubrich*, Hees*, Hehn, Heiderich*, Henemann*, Henrichs, Hilgert*, Hill, Hillen, Hinkel, Hinnerscheid*, Hippert*, Hoefner, Hoelz*, Hoenes*, Hoffmann, Huegel*, Hummel*, Husch, Indstein*, Jacobs, Jacoby, Jaeger, Jahn, Jantz, Jenz, Jochem, Joras, Jost*, Jung, Justen, Kaercher*, Kalkuhl*, Kallenbach, Kappaum, Kappler, KAPPS, Karl, Kauert, Keck, Keuper, Kind*, Klaes*, Klaudi, Klein, Kling*, Klingel, Klippel, Kloh*, Knecht*, Kneipp, Kniebel*, Knuth, Kober*, Kochems, Koetzer, Kolling, Konflanz, Kopf, Kopp, Korndorfer*, Korth, Kraemer, Kramm, Kratz, Kraus, Krautkraemer*, Krebs, Kreis, Kreischer*, Krings, Kronemberger*, Kuhn, Kunz, Kurtenbach*, Kustermann, Lahr, Latsch, Laufersweiler*, Lauterbach, Licht, Licker*, Linden, Link*, Littig, Lochem*, Loepsch, Loos*, Lorang, Luebe*, Luetger, Lukas, Mahler, Mainartz, Maiworm*, Malmann, Martini, Marx, Mathis, Maul, Mayer, Mebus, Mees*, Merker, Mertens, Meures, Michel, Moehlig*, Molter, Monken, Morsch, Muenich, Muller, Munch, Mundstein*, Mussel, Neisius*, Neumann, Nichtern*, Nicodemus, Nicolai, Nienhaus*, Noel*, Ohlweiler, Orth, Petry, Pfeiffer, Philippi, Pitzer*, Plantz, Platten, Platz*, Plenz, Rablais*, Raeder, Reinsfeld*, Reiss, Reissinger, Reith, Reitz, Renzler, Retzmann, Reuther, Rheingantz, Richter, Rippel, Rockenbach, Rody, Rosenbach*, Roux*, Ruhl, Sattler*, Sauer, Saueressig, Schaefer, Schanuel, Scheid, Scherer*, Schimmels, Schimidt, Schimitt, Schimitz, Schneider, Schnoeneck, Scholl, Schorsch, Schroeder, Schuessler, Schumacher, Schunck, Schwabenland, Schwartz, Schweickardt, Seitz, Sieben, Silbernagel, Simon, Sindorf, Sisterhenn*, Sixel*, Sommer, Sperle, Stadler, Starck*, Steinborn, Stoffel, Straub, Stulpen, Stumm, Stumpf, Stutzel, Suss, Surerus*, Sutter, Tannein, Ternes, Tesch, Thees, Theis, Theisen, Theobald, Thomas, Trojack*, Uhlweiler, Ulrich, Vetter, Vogel, Vogt, Vones*, Wagner, Waldhelm, Weber, Webler, Weckmuller*, Weiand, Weinem*, Weinschutz, Weirich, Weitzel, Wendling, Werkhauser, Werner, Wetzler, Wey, Wichers, Wilbert, Wildberger, Willems, Willing, Windhauser*, Winter*, Wirsch, Wolf, Woll, Zacher*, Zerban, Zillig*, Zimmler e Zoebus*.




(Paulo Roberto Martins de Oliveira - IHP - http://ihp.serraplanweb.com.br/site)

sábado, 10 de novembro de 2012


Foto: Petrópolis Antiga..REPETECO..Rua Tereza, em 1905...Comentário do amigo Helio Banal....Era o caminho que chegava até o centro de Petrópolis, onde estava a sede da FAZENDA DO CÓRREGO SECO ( hoje Ed. Pio XII , na Mal Deodoro ). Na foto, já no século XX, era uma rua tranquila, cheia de moradias e pensões para veranistas. Um belo dia, foi montada uma fábrica em Cascatinha ( atual curva do lixo da U.Indústria ) chamada MÀQUINAS COPPO, que fabricava máquinas para malharias. Com isto, nesceu, numa pequena residência, na Rua Teresa, uma minúscula fabriqueta quase artesanal de agasalhos, com grande procura, o que deu motivo para imitações da idéia. Logo elas se proliferaram e viraram lojas, cada vêz mais se espandindo, até que hoje temos um enorme "shopping center" a céu aberto vendendo todo o tipo de roupas, trazidas de fóra da cidade.MAIS SOBRE A RUA TERESA                         


"...Era o caminho que chegava até o centro de Petrópolis, onde estava a sede da FAZENDA DO CÓRREGO SECO (hoje Ed. Pio XII, na Mal Deodoro). Na foto, já no século XX, era uma rua tranquila, cheia de moradias e pensões para veranistas. Um belo dia, foi montada uma fábrica em Cascatinha (atual curva do lixo da U.Indústria) chamada MÀQUINAS COPPO, que fabricava máquinas para malharias. Com isto, nasceu, numa pequena residência, na Rua Teresa, uma minúscula fabriqueta quase artesanal de agasalhos, com grande procura, o que deu motivo para imitações da idéia. Logo elas se proliferaram e viraram lojas, cada vêz mais se expandindo, até que hoje temos um enorme "shopping center" a céu aberto vendendo todo o tipo de roupas, trazidas de fora da cidade (Petrópolis Antiga, Comentário do amigo Helio Banal....).


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ANTIGOS HOTÉIS DE PETRÓPOLIS


Hotel Beresford (em frente ao Obelisco)


Hotel Bragança 


(II) 

 (III)

(IV) 


(V)

Hotel Central (atual Edifício Vitrine) 


(II) 

(III) 


(IV) 


(V)

Pensão Geoffroy (antigo Edifício PIO XII)

Hotel Comércio




Foto: Ônibus para transporte especial de clientes para o Hotel Comércio (acervo do Museu Imperial)

Segundo o Professor Oazinquito Ferreira, "durante a primeira e segundas décadas do século XX, eram comuns os hotéis que se aprimoraram em Petrópolis, e procuravam consquistar seus clientes. Muitos deixaram de ter transportes a cavalo para adquirirem os pequenos ou longos onibus de 4 cilindros no Rio para transporte de graça dos clientes. Um destes foi o Hotel Orleans e outro o Hotel Independência ... Era o luxo supremo para uma elite veranista que tornava-se cada dia mais exigente quanto aos serviços prestados pelos estabelecimentos".
Ônibus para transporte especial de clientes para o Hotel Comércio (acervo do Museu Imperial)



Hotel dos Estrangeiros

Hotel do Inglês (fundos do atual Edifício Pio XII)

Hotel Magestic (atual Praça 14 Bis)

Hotel Max Meyer


Palace Hotel (atual Faculdade de Engenharia da UCP)

 Hotel Cremerie


Hotel Independência 


Hotel Promenade






ANTIGAS FAMÍLIAS DE COLONOS ALEMÃES


Viúva do fotógrafo Pedro Hees, Maria Glasow Hees, com seus 27 netos (Acervo fotográfico Museu Imperial de Petrópolis)





Famílias Erwin e Klippel



Família Brand



Família Keuper



Casamento de Karl e Carolina Keuper (1912 ou 1913)


Joaquim Kronenberger, sua esposa Elisa Justen Kronenberger e os filhos Joaquim, Nicolau, Jorge, Ana e Isabel Kronenberger



Família Monken (acervo fotográfico do Museu Imperial)


Bodas de Ouro de Pedro Winter e Clara Bläeser Winter (6 de setembro de 1922)



Casal Pedro Winter e Clara Bläeser Winter


Clara Stumpf Pitzer aos 18 anos



Família de João Pedro Kapps 


Famílias Justen e Sá


Nicolau Kappes II (à direita)


O Professor Johann Peter Jacoby






Euclides Raeder


Família desconhecida

Família desconhecida

Famílias desconhecidas (carnaval)


Família desconhecida


Foto: Casamento de ANTONIO AUGUSTO DE SÁ E JULIA JUSTEN, em Petrópolis (1906)
Casamento de ANTONIO AUGUSTO DE SÁ E JULIA JUSTEN, em Petrópolis (1906)