terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

NOTAS SOBRE A CHEGADA DOS PRIMEIROS COLONOS ALEMÃES A PETRÓPOLIS


Os primeiros colonos alemães chegaram em Petrópolis em 1845, "em uma tarde de domingo, após subir a pé pelo então Caminho Real das Minas Gerais, ou 'Caminho dos Mineiros'. Não era possível a subida em carroças ou montados a cavalos, pois podiam escorregar. Já a maioria das crianças e pertences subiram a serra em cestos, carregados por mulas. Em Petrópolis as terras prometidas ainda não estavam demarcadas, por isso os colonos ficaram alojados em barracões. Logo começaram a trabalhar como pedreiros; carpinteiros; marceneiros; segeiros, que eram os responsáveis pela construção de carroças e veículos semelhantes. Enfim, eram artífices empregados da província que aguardavam pela distribuição de terras".

"Primeiramente foi feita uma divisão em prazos de terra, que em conjunto formavam os quarteirões. Nestes quarteirões, Koeler buscou homenagear o local determinado de onde saíram os colonos. Temos assim os quarteirões Ingelheim; Mosela em alusão ao rio Mosel; Siméria; Bingen e Castelânea, entre outros. Infelizmente, hoje em dia o nome de alguns quarteirões oficiais caiu em desuso. É o caso, por exemplo, do quarteirão Westphalia, onde está localizada a avenida Rio Branco e ruas adjacentes. Também posso citar o quarteirão Palatinato Superior, onde nasce o rio Palatino, antigo Córrego Seco. O local hoje é conhecido como Morin, por causa de uma família que morou no local em meados do século XIX. Mas esse não é o nome correto do local, ou seja, não pertence à planta oficial do primeiro distrito. Esses nomes deveriam voltar a ser utilizados nos letreiros de ônibus, nas placas. Deveriam voltar a fazer parte do dia-a-dia do petropolitano".

(Paulo Roberto Martins de Oliveira, em entrevista à Revista-Petrópolis - Portfólio Carolina Tolstad, em 14.6.2012)

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