NOTAS SOBRE A ORIGEM DOS COLONOS ALEMÃES QUE VIERAM PARA PETRÓPOLIS
Vieram para a futura cidade de Petrópolis colonos europeus de diversas nacionalidades, tais como a portuguesa, a italiana, a francesa e a inglesa, dentre outros. Porém, de todas elas, a mais importante
para a formação da Cidade de Petrópolis foi,
sem dúvida alguma, a de origem germânica, em razão da maior quantidade de emigrantes,
podendo-se afirmar que mais da metade da população da cidade é descendente de alemães.
Segundo o Professor Roland Paul, do Institut für pfälzische Geschichte und Volkskunde (Instituto para a História do Palatinado e Folclore em Kaiserslautern),
"No século 19, ao todo 1.600 pessoas de 352 aldeias, mas também de algumas cidades da atual Renânia-Palatinado, iniciaram sua viagem sem volta para o Brasil. O primeiro período desta onda emigratória terminou seis anos após seu início, no ano de 1830, um segundo seguiu-se em meados dos anos 40 no século 19. A imigração alemã concentrou-se desde o início nos estados mais ao sul, como Santa Catarina, mas sobretudo no Rio Grande do Sul com sua capital, Porto Alegre. Ao todo 7.000 alemães se fixaram nesta região até 1830".
Esses colonos vieram do Estado da Renânia-Palatinado, em sua maioria de aldeias localizadas em dois bispados, de Treves, hoje conhecido como Trier, e Mogúncia ou Mainz, que estavam englobados na região da Renânia e Westphália, ou seja, no Grão-Ducado de Hessen Darmstadt e no Ducado de Nassau, região conhecida pelo nome de Hunsrück.
Só da cidade de Comunidade de Rheinböllen, dos aproximadamente 2.000 moradores, 114 emigraram para o Brasil no ano de 1848, ou seja, quase 10% da população, havendo lá sido fundado, inclusive, a associação Brasilienfreunde Rheinböllen (Amigos do Brasil de Rheinböllen).
Segundo referido pesquisador, estima-se ser
aproximadamente quatro milhões o número de brasileiros descendentes de alemães,
sendo que 450.000 pessoas no Rio Grande do Sul falariam alemão, sobretudo um
dialeto do Palatinado (westpfälzisch) e do Hunsrück.
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