segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O antigo Quarteirão Mosela


      


O atual Bairro Mosela, antes denominado Quarteirão Mosela, é um dos que forma a cidade de Petrópolis, como foi originalmente dividida pelo Major Köeler. Seu nome deriva da região da Mosela, na Alemanha (Moselle em francês e Mosel em alemão) e, obedecendo a diretriz concebida por Koeler quando da distribuição dos colonos pela Cidade, ali foram instalados todos os colonos que provinham daquela região da antiga Prússia.

Segundo nos ensina a Wikipedia Encyclopedia,


“A Mosela foi um dos primeiros departamentos criados pela Revolução Francesa, em 4 de março de 1790, por aplicação da lei de 22 de dezembro de 1789, dividindo a província de Lorena. Conheceu várias mudanças de fronteiras até elas serem fixadas em 1815. As cidades de Saarbrücken e Saarlouis, hoje alemãs, fizeram brevemente parte do departamento. Nessa época, o departamento era dividido em quatro ‘arrondissements: Metz (capital do departamento), Briey, Sarreguemines e Thionville.

O departamento desapareceu em 18 de maio de 1871, após o tratado de Frankfurt, quando a Alemanha anexou a maior parte do departamento, parte do departamento da Meurthe e quase toda a Alsácia. Só o extremo oeste da Mosela falava francês, sendo integrado no novo departamento Meurthe-et-Moselle, formando o atual arrondissement de Briey. Os territórios tornados alemães incluíam a parte germanófona da Lorena, com Boulay, Sarreguemines e Sarrebourg, mas também regiões onde sempre se falava francês, como Metz e Château-Salins. O conjunto formava um Bezirk, cuja capital foi Metz.

Quando em 1919, o tratado de Versalhes entregou para a França os territórios lorenos perdidos, não foram reconstituídos os antigos departamentos, mas o Bezirk de Metz mudou para departamento da Mosela, com os ‘arrondissements’ de Boulay-Moselle, Forbach, Metz, Sarreguemines e Thionville (parte da antiga Mosela) e os de Château-Salins e Sarrebourg (parte da antiga Meurthe). O departamento de Meurthe-et-Moselle ficou assim sem nova mudança.

Durante a segunda guerra mundial, após o armistício de 22 de junho de 1940, a Mosela foi de novo anexada pela Alemanha e integrada no Gau Westmark com o Sarre e o Palatinado. A importância da população francófona induziu o Gauleiter Bürckel a pronunciar expulsões maciças de todos os elementos que lhe pareciam não ser seguros, sem considerar critérios raciais, ao contrário do seu colega Wagner, encarregado do Gau Baden-Elsass, que não queria entregar ao inimigo ‘o precioso sangue germânico’. Aparentemente tratados pior que os moradores da Alsácia, os lorenos expulsos se felicitaram do seu destino quando, em 1942, os alsacianos-lorenos que ficaram foram incorporados à força no exército alemão.

A Mosela foi libertada, na maior parte, pelos americanos em 1944, mas algumas vilas só foram libertadas mais tarde (até março de 1945)”.



O antigo Quarteirão Mosela é cortado pelo rio do mesmo nome, o Rio Mosela. Na Europa, o Mosela (Moselle em francês, Mosel em alemão e Musel em luxemburguês), é um rio que corre pelo nordeste da França e de Luxemburgo e pelo oeste da Alemanha, tendo uma extensão de 560 Km por célebres vinhedos, desembocando no rio Reno à altura da cidade alemã de Koblenz.

Os colonos alemães se instalaram no Quarteirão Mosela, ocupando os Prazos de Terras do nº 801 ao 850, sendo, portanto, 49 famílias, a partir do ano de 1845. 



Em ordem alfabética, são os seguintes os colonos que ali primeiro se instalaram:

Andrés, Paulo
Biehl, Matias
Blatten, Felipe
Blatten, Francisco
Borré, João
Burger, João
Dohn, Daniel
Dupré, João
Eifeler, Felipe
Epparts, João José
Fecher, Barbara
Fleschen, João Pedro
Friedrichs, Susana
Gehren, Estevam
Gorrius, Nicolau
Harres, Nicolau
Hees, Cristiano 
Hennemann, Frederico
Iochen, João Adão
Keuper, Magnus
Klein Pedro
Kling, Magnus
Klingel, Matias
Kolling, Cristiano
Kronenberger, Pedro
Licht, Francisco Carlos
Lochen, Pedro
Lorang, Pedro
Mahler, Francisco
Martini, Filipe
Mees, João Pedro
Merker, João Jacó
Molter, Felipe Pedro
Molter, Henrique Pedro
Monken, Guilherme José
Morsch, João
Noel, João
Pfeifer, Conrado
Pfeifer, João
Scherer, Carlos
Schmitz, Paulo
Stump, Carlos
Tanein, João Jorge
Thees, Matias
Weber, Carlos
Wildberger, João Frederico



A notícia mais antiga que temos sobre o Quarteirão Mosela, a partir da instalação dos colonos em suas terras, foram as atividades caseiras alimentares ali desenvolvidas e a indústria de conservas e a produção de manteiga e queijo, que chegaram a ser exportadas para a Província do Rio de Janeiro.

Posteriormente, instalou-se no Quarteirão a Fábrica Gérard Patrone, especializada em tecidos de seda e algodão.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quem foi Maria Catharina Blatt Kapps

Maria Catharina Blatt Kapps foi casada com o colono Nikolau Kappes (II), com quem teve três filhos, Joaquim Kapps, João Pedro Kapps e Catharina Elisa Kapps. Nascida em Hildsheid, na Prussia, ela veio para o Brasil em companhia de seus pais, os colonos João Filipe Blatt e Maria Catherine Blatt, esta com o nome de solteira Maria Catherine Pick (nascida em 1812 e falecida em 24/10/1906). Na "Relação de colonos alemães vindos por conta do governo da província do Rio de Janeiro, e que existem atualmente em Petrópolis", publicada da Diretoria da Imperial Colônia de Petrópolis em 27/12/1859, consta haver sido cedido ao colono "Filipe Blatt" o lote nº 20, tendo, à época, mulher e dois filhos, tudo levando a crer tratar-se da mesma pessoa. Maria Catharina Blatt Kapps consta de fotografia aqui publicada, junto de seu filho João Pedro Kapps, datada de 1914, uma das mais antigas existentes em nosso acervo.

Família dos colonos alemães BRAND, constante do blog Colonização Alemã em Petrópolis (http://colonosalemaes.blogspot.com)